Ele Se encontra com um jovem rico e, ao propor que este entregue todos os bens em benefício dos pobres, o rapaz se entristece. Não era a riqueza que se tornou um mal para aquele jovem, foi o apego que ele tinha a ela:
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
1 Timóteo 6.10
Há um conto que retrata muito bem o segredo para não permitir que as riquezas lhe afastem do que é mais importante. Leia abaixo:
Havia um rei que, apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza.
De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei.
Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as Sagradas Escrituras nem levava uma vida de penitência e renúncia – ao contrário –, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais. Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso e amado por todos.
Ao chegar em frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma, e o monarca lhe respondeu:
– Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo. Porém, há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.
O sábio pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio.
Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou:
– Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?
O sábio, que ainda estava tremendo pela experiência, porque temia perder a vida se a chama se apagasse, respondeu:
– Majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo:
– Pois é assim que eu vivo. Tenho toda a minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma. Embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam. Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar o meu mundo com a minha presença, e não o contrário.
Esse é o segredo. Nosso empenho tem que ser, em todo o tempo, manter a chama do Espírito Santo acesa em nós. Nada do que ganharmos deve tirar a nossa atenção de Deus.
“Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?”
Lucas 9.25
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E não se esqueça: ter as bênçãos é bom, mas nada se compara a ter o próprio Abençoador e se tornar a própria bênção.
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