Ah que Dia!

Quando cheguei à Universal, estava com o coração cheio de raiva, mágoa, ressentimento contra a minha mãe e meu padrasto. Ele tentou abusar da minha irmã, que é sua própria filha, e quando soube, desejei a morte dele.

Como eles moravam em uma comunidade, fui falar com o dono dessa comunidade sobre o que ele tinha feito. Era uma época próxima do Natal, e ele me disse que antes que o Natal chegasse ele teria o presente dele, que seria a morte. Fui correndo avisar a minha mãe para tirar ela e meus irmãos de casa sem que o marido dela percebesse, só que no final das contas minha própria mãe ficou do lado dele e falou pra ele fugir. Depois de pouco tempo fiquei sabendo que ela estava morando novamente com ele em outro lugar. Não conseguia chamá-la de mãe, e o nome dele nem pronunciava, não os perdoava.

Eu estava afastada da igreja, e quando voltei, passei por todo o processo de libertação. De uma coisa eu sabia: não queria mais deixar Jesus por nada, porque eu me questionava muito. Conhecia pessoas que estavam há anos na igreja e, mesmo com os anos, mantinham sua fé, e eu não conseguia, pois ficava um tempo, depois saía. Não aceitava mais isso e queria muito o Espírito Santo, pois sabia que só Ele me sustentaria de pé na presença de Deus, então comecei a buscar.

Em uma quarta-feira, na igreja buscando, vieram a minha mãe e o marido dela na minha cabeça na hora da busca. Entendi que para receber o Espírito Santo teria que perdoar.

Foi muito difícil, pois meu coração não queria de maneira nenhuma perdoar, mas não dei ouvidos a ele. Ouvi a Voz de Deus, que na minha cabeça dizia, “perdoa”. Lembro-me das minhas palavras e que falei assim: “Senhor Jesus, o meu coração não quer perdoar, mas, em obediência ao Senhor, eu perdoo, e pronunciei o nome dele, e perdoo minha mãe.” Fazia tempo que não a chamava de mãe…

Foi um peso tirado de dentro de mim, e pouco tempo depois fui batizada com o Espírito Santo. Foi o dia mais feliz da minha vida!

Ah, que dia!!!

Michele Genario

Fonte: Blog do Bispo Macedo

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