O inquérito foi realizado em janeiro deste ano, com árvores analisadas em (S1) Okuma (a 3,5 km da central nuclear), e dois locais (S2, S3) em Namie (8,5 e 15 km da central nuclear).
Árvores espalhadas por 3 áreas da província de Fukushima expostas a altos níveis de radiação apresentaram crescimento anormal na sequência do desastre nuclear, segundo pesquisadores.
O relatório, publicado no site do Instituto Nacional de Ciência Radiológicas em 28 de agosto, sugere que árvores da espécie abeto em Fukushima estão apresentando padrões de crescimento anormais, com a radiação ocasionada pelo desastre nuclear como um possível fator.
O inquérito foi realizado em janeiro deste ano, com árvores analisadas em (S1) Okuma, Fukushima (a 3,5 km da central nuclear), e dois locais (S2, S3) em Namie, Fukushima (8,5 e 15km da central nuclear). Essas árvores foram comparadas com outras ao norte da província de Ibaraki (S4).
Entre 100 e 200 árvores em cada local foram examinadas, com o efeito visto com mais frequência em áreas com altos níveis de radiação. Cerca de 90% das árvores examinadas em Okuma exibiram algum grau de alteração morfológica, um número que caiu para 40% e 30% em Namie, e para menos de 10% ao norte de Ibaraki.
As mudanças podem ser identificadas nas imagens abaixo, que foram incluídas com o relatório:
A imagem A mostra um exemplo normal de crescimento. Observe o ramo central vertical. Já a imagem B mostra um tronco que foi inteiramente dividido em dois, e a C mostra apenas o crescimento horizontal, com uma nítida falta de crescimento vertical.
As setas vermelhas indicam onde ocorreu a ramificação. é possível observar na imagem C como o ramo central da árvore que deve crescer verticalmente está totalmente ausente.
A correlação entre a frequência da mudança morfológica e a proximidade à Fukushima Daiichi sugere que é provável, mas ainda não confirmada, de que as mudanças estão ligadas ao aumento da radiação de fundo.
No entanto, o relatório refere que essas mudanças morfológicas em particular foram identificadas em outras áreas e podem ser atribuídas a uma série de outros fatores, incluindo alterações ambientais.
Em levantamentos de vida animal e vegetal silvestres que estão sendo realizados pelo Ministério do Meio Ambiente desde ano fiscal de 2011, cerca de 80 espécies de árvores foram observadas, mas pinheiros são o único a ter anomalias mostradas, diz o ministério.
Fonte: PORTAL MIE