Confusão no Parlamento do Japão nesta quinta-feira levou os deputados a se amontoarem uns sobre os outros, em meio a uma gritaria, depois que o partido governista realizou de surpresa a votação do projeto que permite, pela primeira vez em 70 anos, o envio de tropas para combater no exterior. O projeto também amplia o papel do exército japonês, que desde a Segunda Guerra Mundial só atua em operações de apoio e defesa.

Parlamentares da oposição, que foram pegos de surpresa, tentaram impedir fisicamente a aprovação do texto. Os parlamentares subiram em cima do assento do presidente quando eles perceberam que algo estava acontecendo, depois legisladores do partido governista se reuniram em torno dele para protegê-lo.

A mudança não é um ato indesejado apenas pela oposição, mas também pela maior parte da população japonesa. A ideia dos parlamentares a favor da mudança é que o país envie tropas de combate para lutar em outros países, mesmo que a causa da luta não seja uma ameaça para o Japão. Essa prática deixou de existir após a segunda guerra mundial. Por conta disso, aproximadamente treze mil pessoas protestaram em frente ao parlamento antes da votação de quarta-feira, o que pode ter motivado muitos parlamentares a não comparecerem na data de ontem, o que resultou em seu adiamento.

O que causava mais medo na população antes da votação era que o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, é favorável a mudança, pois quer “combater” as forças de países vizinhos, como a Coreia do Norte e a China.

Depois da briga e da indignação da população, o projeto foi votado e aprovado na Câmara por uma comissão. Com isso, o país passa a fazer o que os parlamentares chamam de “autodefesa” coletiva, principalmente no que dizer a respeito de conflitos liderados pelos americanos.

Fonte: Blasting News, Yahoo Mundo

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