Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. Apesar desse dado alarmante, infelizmente muitos ainda encaram este transtorno mental como frescura, preguiça ou até falta de caráter.

As pessoas que sofrem com a doença apresentam tristeza persistente e perda de interesse pelas atividades que costumavam ser prazerosas. Outros sintomas são perda de energia e da concentração, mudanças de apetite, aumento ou redução do sono, ansiedade, indecisão, inquietude, sensação de que não valem nada, culpa ou desesperança, pensamentos de suicídio ou desejo de causar danos a si mesmas.

A psicóloga clínica Lilian Gonzalez explica que a depressão pode ser desencadeada por vários fatores estressantes como a morte de um ente querido, problemas financeiros, perda da carreira profissional, questionamentos existenciais, ingestão de medicamentos, alterações hormonais, diagnóstico de doença grave, entre outros. “Alguns sintomas podem nos ajudar a identificar a doença, porém o diagnóstico só poderá ser dado por um profissional da área”, atesta.

A depressão é a segunda principal causa de suicídio entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos e causa cerca de 800 mil mortes por ano.Talvez você tenha depressão ou conviva com alguém que tem e nem sabe.

Os famosos depressivos
Todos os dias vemos nas manchetes casos de famosos que sofrem com o transtorno e que, por conta disso, acabam tirando a própria vida. Foi o caso do guitarrista e compositor norte-americano Chris Cornell, de 52 anos, vocalista das bandas de rock Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave. Cornell fazia uso de medicamentos contra ansiedade e lutava contra a depressão. No dia 18 de maio de 2017, após um show em Detroit, nos Estados Unidos, ele se enforcou no banheiro de um quarto de hotel. Sua esposa, Vicky, publicou na época um comunicado definindo o acontecimento como algo inexplicável: “eu sei que ele amava os nossos filhos e que sabendo o mal que lhes causaria nunca tiraria a própria vida conscientemente”.

Vicky suspeitava que o marido tenha perdido a capacidade de discernir os fatos por conta do excesso de medicação para a ansiedade que consumia. Meses depois o amigo, Chester Bennington, de 41 anos, vocalista da banda norte-americana Linkin Park e amigo de Cornell, também se enforcou.

A banda chegou a vender 70 milhões de CDs, mas o sucesso não foi suficiente para evitar que Bennington se tornasse uma pessoa depressiva. O transtorno levou o cantor a cometer o suicídio quase dois meses depois da morte do amigo. Bennington morreu exatamente no dia em que Cornell nasceu, 20 de julho. Não se sabe o motivo que o levou a morte, mas talvez ele não tenha suportado a dor de perder o amigo ou até mesmo se sentiu encorajado pela morte dele a também cometer o suicídio.

De pai para filha
Já a modelo Paris Jackson, de 20 anos, filha de Michael Jackson, tem histórico de depressão e ansiedade, assim como o pai, que faleceu no dia 25 de junho de 2009. Na época, segundo o Departamento de Medicina Legal de Los Angeles, a causa da morte do cantor foi homicídio.

De acordo com um documento divulgado à imprensa, Michael teve uma intoxicação por uso abusivo de medicamentos usados para ansiedade e insônia. Contudo Conrad Murray, médico do cantor, foi preso pela morte do astro sob acusação de demorar para prestar socorro. Murray mantém a versão de que não matou o cantor e que sempre teve uma boa relação com ele.

Paris nunca escondeu os problemas que tinha em razão da doença. Aos 15 anos, ela foi hospitalizada depois de uma tentativa de suicídio. Em 2017, Paris assumiu em entrevista à revista Rolling Stone que tinha tentado o suicídio diversas vezes. “Eu estava louca e passando por muito medo na minha adolescência. Eu estava tendo que lidar com a minha depressão e ansiedade sem nenhuma ajuda. Eu tinha baixa autoestima, achava que não conseguia fazer nada direito e que não valia a pena continuar vivendo”, afirmou.

Somente neste ano Paris decidiu procurar ajuda e se internar em uma clínica para cuidar de sua saúde mental e emocional, mas sua família está com medo que ela tenha uma morte trágica como a de seu pai.

Será que existe possibilidade da depressão ser hereditária? A psicóloga Lilian explica que é comum ocorrerem vários casos de depressão na mesma família e que eles não têm relação com a genética, mas com o fato de diversos membros do núcleo repetirem pensamentos, comportamentos neuróticos e até doenças.

A depressão também foi uma pedra que levou o jogador Ederson Santana de Moraes, hoje goleiro do time inglês Manchester City, a tropeçar na vida Em entrevista ao jornal inglês Express, Ederson falou da depressão e de como ela quase fez com que ele encerrasse a carreira. “Estive um mês em depressão e pensei em desistir do futebol. Felizmente meus pais me apoiaram e sempre me encorajaram a voltar a jogar”. Hoje o jogador se considera livre do transtorno e é bem-sucedido profissionalmente.

A perda de perspectiva
Nem todas as pessoas conseguem se livrar da doença. O transtorno é sério e é preciso buscar ajuda como fez o ex-
jogador Leandro Henrique de Oliveira, de 24 anos (foto a dir.). Seu sonho desde a infância era ser jogador. Aos 16 anos ele foi convidado para jogar em um clube de Portugal. Contudo não demorou muito para que ele passasse a ter dores de cabeça constantes, insônia, perda de apetite e irritação.

“Um dia eu estava no treino e do nada senti uma forte dor de cabeça, um nervosismo e comecei a gritar que queria ir embora, mas meu técnico não queria me perder em função do meu bom desempenho”, afirma. A diretoria do clube encaminhou Leandro a um psiquiatra. Ele conta que mesmo indo às consultas e tomando os medicamentos não via melhoras.

Leandro retornou ao Brasil e aqui as coisas só pioraram. Ele desenvolveu síndrome do pânico e todos os dias ia parar no hospital para ser medicado.

Sem entender o que estava acontecendo e arrependido por ter perdido a oportunidade que sempre buscou, ele decidiu participar de uma reunião na Universal. “Chegando na Igreja já me senti leve. E mesmo tomando as medicações eu sabia que Deus podia me curar. Foi quando eu me lancei nas reuniões em busca da minha cura. Elas eram o meu tratamento. Não demorou muito para que aquela inquietação passasse e eu ficasse em paz”.

Há seis anos Lenadro não sente mais nada e se considera totalmente curado. Ele ainda voltou a jogar, fez parte de um clube no Rio Grande do Sul, mas interrompeu a carreira por outro sonho. “Eu queria ajudar as pessoas assim como fui ajudado, então decidi que seria pastor e hoje levo para o próximo aquilo que recebi de Deus: uma nova vida”.

Problemas na infância
Mas não são somente os adultos que sofrem de depressão. Segundo a OMS, o índice de crianças entre 6 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio saltou de 4,5% para 8% na última década. Foi o caso da estudante de biomedicina Ana Caroline Rodrigues Vale, de 21 anos (foto a esq.), que acredita que o transtorno surgiu na sua infância. Ela conta que era vítima de bullying na escola e de familiares por conta da aparência. A jovem tinha excesso de peso, cabelos enrolados, usava óculos e, por isso, sofria com brincadeiras de mau gosto.

A psicóloga Lilian explica que crianças com comportamento ansioso e pensamentos acelerados devido ao acesso informações ou maus-tratos domésticos, bullyng, violência psicológica ou física podem ter o transtorno. “Os pais precisam estar atentos aos filhos e, caso identifiquem algum sintoma de depressão, é preciso que busquem auxílio profissional. O tratamento medicamentoso é feito somente em caso de depressão grave ou crônica.”

Ana frequentava a Universal com os pais, porém nunca expôs o que sentia. Aos 11 anos, ela resolveu que não iria mais à Igreja. Cheia de dúvidas e sem saber o que realmente estava acontecendo, a estudante se fechou no seu mundo. “Eu não dormia à noite, chorava compulsivamente e foi aí que percebi que o meu problema estava piorando.” Contudo, a jovem não procurou nenhum tipo de ajuda e planejou tirar a própria vida, mas, no momento em que faria isso, seu pai entrou no quarto e ela disfarçou.

Sua mãe percebeu que algo estava errado e começou a fazer votos por ela na Igreja. Não demorou muito para a estudante tentar novamente o suicídio. “Eu achava que só a morte poderia acabar com a dor que eu sentia. Quando estava prestes a tentar me matar novamente, desisti. Ali eu pensei que nem para morrer eu prestava. Entretanto nessa ocasião a minha ficha caiu. Reconheci que precisava de Deus, porque nada preenchia aquele vazio.”

No período em que refletia no que tinha acontecido, Ana recebeu um exemplar da Folha Universal que mostrava testemunhos de pessoas que passaram por algo semelhante ao que ela estava vivendo. “Lendo aquela matéria decidi voltar para a Igreja. Participando das reuniões eu fui mudando. Tive um acompanhamento e hoje sou uma jovem feliz, realizada e me livrei daquela tristeza. Tenho prazer em dar risada, tenho amigos e nada mais me abala.”

Vida amorosa frustrada
Diferentemente de Ana, que teve problemas na infância, a auxiliar financeiro Thais Shirley Custódio da Silva (foto a dir.), de 30 anos, era uma menina alegre e sem nenhum traço de depressão. Porém aos 23 anos, já casada há três anos, as coisas começaram a mudar. Thais tinha um relacionamento frustrado e por isso ela começou a se isolar como uma forma de escapar daquela situação. Ela passou a ter síndrome do pânico. “Sem explicação, eu comecei a ter pavor de sair na rua. Por conta das crises, passei a ir no hospital todos os dias. Fiz vários exames, pois sentia meu coração disparar, mas não dava nada.”

O médico encaminhou a jovem a um psiquiatra. Ele receitou antidepressivos, mas os efeitos colaterais eram piores. “Eu achava que ia morrer, meu pânico só aumentava, sentia meu corpo formigar e só tremia. Só melhorava quando voltava no hospital e tomava um ‘sossega leão na veia’.”

Thais já conhecia o trabalho da Universal e decidiu voltar e participar das reuniões. Ela optou por sair daquele relacionamento e focou em recomeçar. De lá para cá, a vida de Thais é outra. “Hoje eu tenho vontade de viver, tudo que sentia ficou para trás. A fé me ajudou a conquistar qualidade de vida. Deus me deu tudo que perdi, restaurou minha saúde e um novo casamento. Conheci uma pessoa na Igreja e juntos buscamos essa
fé que transforma.”

Médica e depressiva
A depressão tem atingindo também os profissionais da área da saúde. De acordo com o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a taxa de suicídio entre médicos é 70% maior do que na população em geral. Fatores que contribuem para esse alto índice são o elevado estresse profissional, o fato de lidarem com tragédias humanas e o fácil acesso a medicamentos.

A médica pediatria e sanitarista Eunice Higuchi (foto a esq.) se viu depressiva e com desejo de suicídio após o divórcio. Com 15 anos de formação pela Universidade de São Paulo (USP) e casada há 16, a médica relata que não esperava que o relacionamento terminasse. “Para mim foi como se tivessem tirado o chão dos meus pés.”

Eunice se recorda que a separação a pegou de surpresa pois, como o casal vivia bem, ela jamais imaginou que o casamento pudesse acabar um dia. A pediatra tinha uma carreira bem-sucedida e se viu sozinha com a responsabilidade de cuidar dos quatro filhos. Na época, a família morava em uma cidade do interior de São Paulo, ela optou por voltar para a capital e ficar próxima do resto da família. Eunice foi morar de favor na casa da irmã, que também é médica.

Contudo, os problemas só aumentaram. “Em menos de um mês eu entrei em um estado lastimável. Não tinha forças para trabalhar, cuidar dos meus filhos e vivia trancada no escuro.” A irmã de Eunice a alertou dizendo que ela precisava de ajuda profissional. A médica passou a se consultar com um psiquiatra e foi diagnosticada com depressão. A partir disso começou a fazer uso de medicamentos antidepressivos, além de fazer terapia e psicanálise.

A médica se consultava com um psiquiatra renomado na época. Ela gostava do profissional e achava que com a ajuda dele poderia sair da depressão, mas um dia Eunice recebeu a notícia que o psiquiatra havia cometido o suicídio. “Eu fiquei espantada pois ele tinha grande empatia e jamais imaginei aquilo.” Ao todo foram quatro anos de tratamento.

Depressiva e agora sem esperança, Eunice estava trocando a estação de rádio quando ouviu a oração de um pastor. “Eu não sabia que era pastor da Universal e, como eu já era cristã, achei que aquele pastor falava com Deus com sinceridade. Resolvi anotar o endereço da igreja.”

Como Eunice tinha preconceito contra a Universal pelas fake news da época, ela acredita que se soubesse onde estava indo talvez tivesse desistido. Contudo na frente da Igreja não tinha placas de identificação, ela entrou e participou de uma oração. Após a reunião, Eunice foi falar com o pastor sobre o que estava passando e ele explicou que a depressão era a atuação de um mal espiritual e que era simples resolver. Isso espantou a médica. “Eu questionei: ‘como assim simples de resolver?’ Eu já tinha ido em todos os médicos, feito os tratamentos e ninguém conseguiu me ajudar.”

A pediatra frequentava outra denominação e a princípio ficou em dúvida sobre o que o pastor havia lhe falado. Porém o filho de Eunice viu que já no primeiro dia depois de participar da reunião a mãe já tinha conseguido dormir e a convenceu a voltar. Aos poucos, Eunice entendeu que existia a ação de mal e que a ciência que conhecia não foi capaz de livrá-la daquela situação, mas que a fé traria resultados.

A médica ficou livre dos medicamentos, passou a cuidar melhor dos filhos e voltou a exercer a profissão. Hoje, com uma carreira sólida e a transformação completa, Eunice pode ajudar outras pessoas, não somente como uma especialista da área da saúde, mas como exemplo vivo que existem coisas que Deus pode curar, como é o caso da depressão.

A fé levou essas pessoas a alcançarem a cura. A psicólogo Lilian Gonzalez fala da importância da crença: “a fé tem um papel muito importante no processo do tratamento do paciente, é uma aliada forte. A esperança da cura e a crença em Deus trazem segurança emocional, o que gera no cérebro um processo positivo ativando hormônios e conexões nervosas que agem a favor do equilíbrio químico no organismo. Existem estudos que mostram que a fé tem um poder curativo extraordinário. Crer em uma força maior estimula à vida, ao bem e à produtividade”.

O maior tratamento
Visando auxiliar quem enfrenta essa doença, que é silenciosa, solitária e mata aos poucos, em todas as igrejas Universal acontece “o maior tratamento para a cura da depressão”, às sextas-feiras ao meio-dia. O Pastor Wilson Passos, responsável pelo trabalho realizado no Templo de Salomão, em São Paulo, fala da importância de existir uma reunião focada em quem passa por essa situação.

“Esta reunião é exclusivamente para quem sofre de depressão, pessoas que por algum motivo desistiram da vida e tentam resolver esta questão por meio de tratamentos clínicos, mas não têm alcançado a cura. Depressão não é frescura, é a alma em dor, é não conseguir enxergar o futuro, é um problema espiritual que tem cura com o auxílio da fé, sem remédios e sem custos.”

O propósito do tratamento é dar ao depressivo uma nova vida. Na linguagem atual, no livro de Mateus 11:28, o Senhor Jesus teria dito: “Vinde a mim os depressivos, e eu vos aliviarei”. Confira acima os dez sintomas espirituais da depressão e veja se você se identifica com dois ou mais deles.

E, se deseja ajuda, participe dessa reunião na Sede Nacional em Hamamatsu ou procure uma Universal próxima da sua casa. Lá você vai encontrar uma equipe disposta a te ajudar. Lembre-se depressão não é frescura. Depressão tem cura.

10 sintomas espirituais de depressão 

  • Irritação constante: se irritar é normal em diversos momentos da vida, mas viver eternamente enfurecido é sinal de que algo vai mal
  • Dificuldade de concentração: a dificuldade ou até a incapacidade de se concentrar, entender ou fazer algo por mais simples que seja
  • Humor rebaixado persistente: é aquela falta de vontade de fazer as coisas que é persistente, mesmo rodeado de familiares e amigos que o valorize, ou a falta de vontade de participar de algum evento especial
  • Aperto no peito/angústia/tristeza: chora-se sem motivo, há uma apatia no olhar e mesmo as tarefas simples parecem ser extremamente penosas. Às vezes está tudo aparentemente bem, mas existe uma constante sensação de sufocamento
  • Aperto no peito/angústia/tristeza: chora-se sem motivo, há uma apatia no olhar e mesmo as tarefas simples parecem ser extremamente penosas. Às vezes está tudo aparentemente bem, mas existe uma constante sensação de sufocamento
  • Pensamentos suicidas: se esta sensação de frustração, solidão do passado, presente e futuro se prolongar por longo prazo, a pessoa pode crer na mentira que a morte será um alívio para a dor na alma
  • Falta de perspectiva: quando a depressão se instaura, existe uma sensação de que nada nem ninguém pode ajudar. Parece que as perdas sofridas são irreversíveis
  • Desinteresse: quando o desinteresse aparece de forma generalizada pela vida, pela família, pelo trabalho e pelas pessoas isso é grave e preocupante
  • Fome em excesso ou ausência de apetite: algumas pessoas relatam uma vontade de comer excessiva e que não passa mesmo após se alimentarem. Outras contam ter perdido completamente o apetite e o prazer de comer
  • Falta ou excesso de sono: dificuldade para adormecer ou acordar e não conseguir pegar mais no sono. A cabeça fica cheia de preocupações, ansiedades e medos. Se por qualquer motivo você não for capaz de dormir, então é porque a depressão já se alojou
▬ Sessão do Descarrego ▬
Sexta-feira – às 8h, 10h, 12h, 15h e 20h30
Em Hamamatsu, em frente ao Act City, a 5 minutos da saída Norte da estação JR.
〒430-0929 Hamamatsu-shi Naka-ku Chuo 3-9-3
Para mais endereços, ligue: 080-9725-1661
E-mail: atendimento@universaljp.org
Mapa de acesso:https://goo.gl/maps/952Bt6CrmzB2

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