Jaqueline tinha uma boa família, amigos e uma vida onde não deveria haver espaço para a tristeza. Mas, a tristeza estava ali. Pior do que isso: a única maneira que ela encontrava para lidar com essa dor era se entregar ao alcoolismo.
“Aos 12 anos, sem influência alguma, eu comecei a beber”, relembra a jovem, hoje com 25 anos de idade. “Eu cheguei ao nível em que comecei a beber sozinha, dentro da minha casa”.
De fato, Jaqueline conta que seu vício era sustentado em segredo. Ela não bebia sequer entre amigos ou na frente de sua família. Entretanto, ao chegar em casa, entregava-se ao vício.
“Eu comprava a bebida escondida, ia para o meu quarto e bebia sozinha. Isso para tentar esquecer toda aquela tristeza. Mas eu não encontrava um motivo para sentir aquilo. Não encontrava uma razão. Eu tinha tudo o que eu queria: minha família, meus amigos… Mas isso não era suficiente. Então eu bebia. Aí depois, quando eu voltava a mim, me sentia enojada, suja”.
Essa vida dupla, em que a tristeza era secreta e alimentada pelo alcoolismo, levou Jaqueline a desejar a própria morte. Sem encontrar alternativas para lidar com a dor, tudo o que ela pensava em fazer era cometer o suicídio.
A situação só mudou no dia em que ela decidiu entregar sua vida, não à morte, mas a Deus.