O governo japonês decidiu na segunda-feira (12) permitir que estrangeiros com qualificação trabalhem no setor agrícola em certas zonas econômicas especiais, visando aliviar uma escassez de mão de obra exacerbada pelo envelhecimento populacional do país.
“Decidimos incluir a contratação de trabalhadores estrangeiros qualificados no setor agrícola à lista de zonas estratégicas especiais”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe em uma reunião de um conselho consultivo.
A oferta poderá ser restrita a candidatos que possam mostrar um certo tipo de habilidade, por exemplo, ter estudado agricultura em nível universitário em seus países de origem, e que possam se comunicar em japonês.
Empregadores em zonas especiais deverão pagar aos trabalhadores estrangeiros pelo menos o mesmo valor pago aos japoneses que fazem o mesmo trabalho.
Isso parte do existente sistema introduzido em 1993 o qual permite que aprendizes não qualificados vindos de países em desenvolvimento trabalhem na agricultura e outros campos em busca de especialização. Entretanto, esse sistema vem sendo criticado como um veículo para mão de obra barata forçada, com vários casos documentados de estrangeiros presos em condições opressivas.
As zonas estratégicas especiais específicas para receber estrangeiros qualificados na agricultura estão nas províncias de Akita, Ibaraki, Aichi e Nagasaki.
Kozo Yamamoto, ministro para revitalização regional, disse aos repórteres após a reunião que o governo trabalhará agora nas especificações do novo sistema, visando apresentar uma emenda à nova lei sobre zonas estratégicas especiais na próxima sessão ordinária da Assembleia no início do próximo ano.
Fonte: Portal Mie