Ele ajudará a capacitar alunos de cursos de engenharia espacial no Brasil.
Nanosatélite pode contribuir com informações meteorológicas para SC.

Um satélite de pequeno porte desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi lançado ao espaço na quarta-feira (19). O satélite brasileiro Serpens, como é chamado, foi lançado em um foguete da Estação Espacial de Tanegashima, no Japão, e deve levar cinco dias para chegar ao espaço.

O pequeno satélite vai coletar, armazenar e transmitir dados para estações de monitoramento em todo planeta. Mas além da missão espacial, o pequeno satélite deve ajudar a capacitar recursos humanos de cursos de engenharia espacial no Brasil.

“O principal objetivo é capacitar os alunos de graduação e pós-graduação do cursos de  Engenharia Aeroespacial do Brasil a realizar uma missão espacial completa, desde o projeto, o esboço, passando por todos os requisitos, a construção em si do satélite, lançamento e a captura, coleta dos dados produzidos no espaço”, afirma Kleber Vieira de Paiva, professor de Engenharia Aeroespacial da UFSC.

Satélite Serpens foi para o espaço acoplado em foguete  (Foto: UFSC/Divulgação)Satélite Serpens foi para o espaço acoplado em
foguete (Foto: UFSC/Divulgação)

O Serpens é formado por três cubos, tem 30 cm de cumprimento e pesa cerca de 4kg. Ele leva para o espaço tecnologia por um custo considerado menor. “Ele opera como um satélite de grande porte”, detalha o professor Paiva.

O projeto foi criado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) numa parceria entre cinco universidades brasileiras, incluindo a UFSC, que já participou de outras missões espaciais, mas pela primeira vez participa do lançamento de um nanosatélite.

Contribuição meteorológica
O projeto custou R$ 800 mil e o Serpens vai ficar entre seis e oito meses em órbita. Nesse período, ele poderá contribuir com informações meteorológicas para Santa Catarina. Os dados transmitidos podem ser utilizados também por cientistas e meteorologistas.

“Podemos colocar umas estações meteorológicas para monitorar um rio em Blumenau, por exemplo. Qualquer mudança, qualquer alteração no nível do rio, essa estação poderia enviar um alerta na forma de mensagem para o satélite. Na hora que o satélite passasse aqui em cima, de uma forma bem rápida, ele saberia que alguma coisa esta acontecendo de diferente”, detalha Eduardo Bezerra, professor do Departamento de Engenharia Elétrica, . 

O nanosatélite vai dar uma volta completa na Terra a cada 90 minutos. Outros projetos estão a caminho e nos próximos anos a UFSC deve participar do desenvolvimento de outros dois nanosatélites.

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