Oceanos mais quentes podem ser a causa da disseminação do venenoso polvo-dos-anéis-azuis no Mar do Japão.

Recentemente, o pequeno e altamente venenoso polvo-dos-anéis-azuis começou a aparecer ao longo da costa do Mar do Japão, em outro possível sinal dos efeitos do aquecimento global.

O polvo-de-anéis-azuis só ataca se for ameaçado e responde ao estímulo exaltando os anéis azuis. Com isso, a agressividade do cefalópode atinge níveis altíssimos e ele ataca as presas pulando sobre elas. Através de mordidas com sua pequena boca, o polvo injeta seu veneno letal, que é capaz de matar uma criatura de até 1,2 tonelada.

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O polvo-de-anéis-azuis só ataca se for ameaçado e responde ao estímulo exaltando os anéis azuis.

A sorte é que os acidentes com seres humanos são raros, pois contra a toxina desse animal não existe antídoto. Para salvar a vítima de um ataque, é preciso mantê-la sob cuidado médico intensivo, com respiração artificial, até que o veneno seja excretado pela urina. Há registros de encontros fatais com as minúsculas criaturas na Austrália e em outras áreas.

O polvo, de aproximadamente 10 centímetros, é nativo de águas tropicais e subtropicais do Pacífico Oeste, e tem sido visto em águas mais quentes da costa pacífica do Japão, incluindo a província de Wakayama. No entanto, cada vez mais, eles estão sendo observados no Mar do Japão, nas proximidades das Ilhas de Oki (Shimane) e em Tottori.

Acredita-se que correntes marítimas mais quentes estejam levando essas criaturas venenosas para águas japonesas. Cada vez mais esses polvos estão sendo capturados em águas do Pacífico ao largo da costa da região de Kanto e, recentemente, também foram vistos ao largo da costa de Kyushu e oeste de Honshu. Desde 2009, eles têm sido vistos na costa marítima de Fukui e Quioto.

Aparentemente, nenhuma pessoa em Quioto ou Fukui foi ferida pelo animal venenoso, mas as preocupações continuam, visto que algumas dessas áreas são populares entre banhistas no verão.

“Não importa o quão “bonitinhos” sejam esses animais, por favor, não os toquem”, alertou o pesquisador Yoichihiro Ueno do centro de tecnologia pesqueira de Quioto.

Fonte: Portal Mie

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