Com dores insuportáveis, ela foi a um hospital, onde foi diagnosticada equivocadamente com sinusite. “Passei a semana tomando as medicações receitadas, quando perdi a visão do olho direito. Foi quando procurei um neurocirurgião, que disse que eu teria de fazer uma cirurgia cara, cujo procedimento seria muito arriscado.”
Não havia leitos disponíveis no hospital e ela foi para casa aguardar a cirurgia. Foi quando teve a terceira crise. “Meu corpo passou a ficar paralisado por completo.”
Márcia foi internada e esperou 36 dias até a data da cirurgia, que só poderia ser realizada na capital, Belém. “Ao chegar lá, o médico disse que meu caso era raro pois, em um período tão curto, tive três crises e ainda estava viva.”
Márcia tinha sofrido um aneurisma cerebral. A operação foi bastante arriscada. “Tive que assinar cinco documentos de autorização para a cirurgia, nos quais estava escrito que havia grande possibilidade de eu ficar cega e com sequelas.”
O procedimento durou seis horas. “Levei 17 pontos cirúrgicos na cabeça. Para distorcer o nervo do olho, foram realizadas duas cirurgias seguidas. Na manhã seguinte, tive alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e fui para o quarto de observação”, relembra.
Os médicos diziam que ela só teria uma vida normal em cerca de dois anos, mas Márcia, a família e os amigos não se abateram. A fé mostrou-se um remédio mais eficaz do que os criados pela ciência. “Para honra e glória do Senhor Jesus, tive alta oito dias após a operação. Em 15 dias eu já enxergava.”
Cinco meses depois da cirurgia, ela assumia a coordenação da Evangelização no bairro de Cidade Jardim, em Parauapebas. “Parei de tomar os remédios controlados, pois os próprios médicos disseram que eu não precisava mais. O meu quadro de saúde era bom. Fui completamente curada. Não tenho nenhuma sequela e vivo completamente feliz. Posso, assim, ganhar muitas almas por meio de tudo aquilo que Deus fez em minha vida”, finaliza.
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