A polícia da França está particularmente interessada em informações sobre três irmãos. Um deles, Ibrahim Salah, teria se explodido dentro de um restaurante, na noite de sexta-feira (13), em Paris, como parte dos ataques coordenados. Mas outros dois estão vivos e podem ajudar os investigadores na apuração do maior atentado vivido pelo país desde a 2ª Guerra Mundial.

O bairro de Molenbeek é o local onde pode ter sido organizada a série de atos terroristas. Pelo menos um dos irmãos vivia lá. Ele está preso desde sábado (14).

O outro jovem, Abdeslam Salah, de 26 anos, teve a foto divulgada pelas autoridades francesas e está sendo procurado em toda a Europa. O aviso divulgado no Twitter trata o rapaz como “perigoso” Ele teria atirado contra pessoas que estavam em um dos restaurantes que foram alvos dos terroristas.

Sobe para 132 o número de mortos nos ataques de Paris, diz agência.

Menos de 24 horas após o massacre, os investigadores já haviam estabelecido a ligação dos ataques com os três irmãos. Dois carros usados nas ações foram alugados na Bélgica. Um deles foi achado neste domingo (15), com três fuzis Kalashnikov, em um bairro de Paris.

Segundo o jornal Le Monde, Abdeslam Salah chegou a ser parado pela polícia minutos antes do ataque, dirigindo um carro. Mas ele foi liberado porque os agentes não encontraram nada de suspeito. Depois disso, o jovem não foi mais visto.

Na Bélgica, policiais detiveram dois homens que estavam no carro com ele na hora da abordagem. Assim como o irmão de Abdeslam, ainda não se sabe se eles têm envolvimento direto nos crimes.

Outro terrorista identificado é Ismail Omar Mostefai, também francês, de 29 anos. Ele, que atirou dentro da casa de espetáculos Bataclan, já havia sido condenado oito vezes por outros crimes, mas nunca ficou preso. O Le Monde afirma que Mostefai foi à Síria entre 2013 e 2014. Quando retornou, passou a ser observado pela inteligência francesa. Na noite de sábado, a polícia levou o pai e o irmão dele em custódia e revistou as casas onde vivem.

O jornal norte-americano Washington Post, citando uma fonte da inteligência europeia, afirma que o francês Bilal Hadafi, de 20 anos, é o nome de outro terrorista. Ele também está morto. Segundo a publicação, o jovem lutou com o Estado Islâmico na Síria e chegou a morar na Bélgica.

Passaporte

Perto do corpo de um dos homens-bomba que se explodiu nas proximidades do Stade de France, foi encontrado um passaporte sírio. A Grécia diz que o titular daquele documento deu entrada na União Europeia no começo de outubro, pela ilha grega de Leros.

O portador do passaporte foi checado e teve as digitais colhidas. Ele havia chegado junto com um grupo de 69 pessoas, em um barco que saiu da Turquia, e recebeu o status de refugiado.

Uma fonte da inteligência norte-americana ouvida pela emissora de TV CBS News afirma que os dados do passaporte indicam que ele é falso. Durante uma reunião neste domingo, a ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, também teria afirmado que o documento não é verdadeiro, de acordo com o Le Monde.

Medo

Contrariando as recomendações da prefeitura, milhares de parisienses e turistas foram às ruas neste domingo, muitos deles para homenagear as vítimas dos ataques. Um alarme falso provocou pânico e correria em um dos locais dos atentados, o restaurante Le Carillon.

Apesar do clima tenso, os museus de Paris anunciaram que vão reabrir nesta segunda-feira (16), a partir das 13h (horário local). Diversos pontos turísticos da capital francesa, incluindo a Torre Eiffel, estão fechados desde ontem.

Bombardeio

A França anunciou na noite de domingo que fez um grande bombardeio em alvos do Estado Islâmico na cidade síria de Raqqa. Segundo o Ministério da Defesa, foram 20 bombas, que atingiram um centro de comando, um centro de recrutamento de jihadistas, um depósito de munições e um campo de treinamento de combatentes.

Os Estados Unidos, que coordenam as ações, disseram que desde ontem foram feitos 18 ataques na Síria. Os dois países decidiram reforçar as investidas contra o grupo terrorista.

O governo do Iraque afirmou que avisou a França sobre o risco iminente de atentados, um dia antes do episódio em Paris. As informações, captadas pela inteligência do país, não eram precisas.

Fonte: R7

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