Neste 12 de outubro, no Brasil, se comemora o Dia das Crianças. Desde o início do mês, muitos pais já se preocupavam em saber o que comprariam para seus filhos. De fato, os brinquedos fazem a alegria dos pequenos por alguns dias e até meses. Mas, depois, a euforia do objeto novo passa. Porém, há algo que não passa e que muitos pais não têm se importado: o que seus filhos têm consumido na internet.
Round 6
O mais recente conteúdo que os pais devem ficar atentos para que seus filhos evitem é a nova série da Netflix Round 6. A produção utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final.
A classificação indicativa da série é de 16 anos, mas ela possui conteúdos que não são próprios para crianças como sexo, mortes e tráfico de órgãos, por exemplo.
A repercussão entre o público infantil causou grande alerta. Até mesmo o criador da série pediu aos pais que não deixem seus filhos assistirem à obra.
“Estou perplexo que crianças estejam vendo. Espero que os pais e os professores ao redor do mundo sejam prudentes para que elas não sejam expostas a esse tipo de conteúdo”, disse Hwang Dong-hyuk, criador da série, em entrevista a um jornal brasileiro.
Apesar de algumas crianças não assistirem pela plataforma de streaming, alguns trechos estão circulando e viralizando nas redes sociais, onde elas também estão presentes, mas que não era a intenção do criador da série. “Não estou em nenhuma rede social, então nem pensei na possibilidade de crianças assistirem por essas mídias”, disse.
A neuropsicóloga Leninha Wagner (foto ao lado) lembra que ao entrar em contato com conteúdo de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam ‘normalizando’ a violência.
Além disso, a especialista ainda pontuou que “nesta fase da vida ainda são imaturos e muito vulneráveis a estímulos que podem se tornar incontroláveis e até mesmo viciantes”.
Alguns políticos e personalidades ligados ao meio cristão também fizeram alertas sobre o conteúdo. O deputado federal Julio Cesar Ribeiro, do Republicanos, pontuou, em sua rede social, que os pais não devem deixar seus filhos assistirem a este conteúdo violento.
“Como poder público e defensor da família, crianças e adolescentes, é meu dever alertar aos pais para que não permitam que seus filhos tenham acesso a este conteúdo. É um perigo para a nossa sociedade e nós devemos estar atentos a qualquer situação que coloque em risco a conduta e vida dos jovens do nosso país”, disse o deputado na publicação.
A cantora Cristina Mel (foto abaixo), conhecida pelas canções gospel para o público infantil, utilizou suas redes sociais
para alertar aos pais. Segundo a cantora, “o tempo da inocência está sendo roubado” das crianças.
“O que está acontecendo que a sociedade está aplaudindo e achando que isso é normal? Depois acontece de uma criança ou adolescente entrar em uma escola e sair metralhando todo mundo ou então alguém chegar e matar um pai e uma mãe, e achar que isso é natural. Gente, por favor, não aplaudam isso. O que a gente está fazendo em prol das nossas crianças?”, questionou.
Cristina Mel ainda chamou a atenção dos pais sobre a produção. “Eu queria alertar os pais, porque as crianças estão falando sobre isso. Inclusive, minha filha Isabela, quando eu cheguei de viagem, comentou, e eu disse “filha, isso não é para criança ver”. E tem crianças de 7 e 8 anos assistindo”, afirmou.
Pais e filhos
O relacionamento entre pais e filhos reserva grandes desafios. Muitas vezes, pais não sabem como agir e filhos não sabem como lidar com seus pais.
Por isso, todos os domingos, há um momento da reunião destinada aos pais e filhos, em Hamamatsu. Se você deseja aprender a melhorar seu relacionamento familiar, participe! A palestra acontece sempre às 9h30, em Shizuoka-ken Hamamatsu-shi Naka-ku Kitaterajima-cho 211-19 na Av. Ekinan-Odori.