Quanto maior a conquista, mais renhida é a luta e maior o sacrifício.
Quanto maior o sonho, mais exigente é o sacrifício para sua realização.
Esse ensino vem do Alto.
A libertação dos hebreus do Egito era um sonho quase impossível. Os filhos de Israel eram a grande fonte de riqueza e opulência egípcia. Riqueza à custa de sua escravidão.
Deixá-los livres significava perda irreparável.
Egito é o mundo, Faraó é o diabo, os filhos de Israel são os povos escravizados, o Monte Sinai simboliza o Monte Calvário e Moisés é o enviado do Altíssimo.
Quando o Senhor enviou Moisés, avisou:
Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte. Êxodo 3.19
Como libertar os escravos do diabo sem o uso obrigatório de Mão Forte? Isto é, sem luta, sem guerra, sem sacrifício ou sem a violência da fé?
É possível usar a fé sem violentar os costumes religiosos?
É possível usar a fé sem violentar a vontade da carne?
A fé sobrenatural, por si só, já se opõe à natureza.
Jesus cuspiu no chão, fez lodo, untou as vistas do cego e nem por isso o rapaz ficou curado. Mas, ao obedecer a Sua ordem, mesmo com enorme dificuldade, ficou curado.
Quem o curou: Jesus? Sua saliva? O lodo? As águas do tanque de Siloé?
Ele foi curado pela obediência à Palavra de Jesus. Ou seja, pela própria fé.
Mas o Senhor teve de usar de Mão Forte para despertar sua fé.
Jesus não poderia pedir alguém para pegar água de Siloé e lavar-lhe os olhos? Não seria mais fácil, mais simples e até mais humano evitar que o rapaz tivesse de caminhar até ao fundo do Vale para ser curado?
E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao Reino dos Céus, e pela força se apoderam dEle. Mateus 11.12
A pura fé violenta os princípios naturais humanos. Quem a entenderá?
Contudo, quem não sabe que sem o sacrifício da fé natural não se conquista nada neste mundo?
Da mesma forma, os benefícios do Mundo Sobrenatural exige a violência da fé sobrenatural.
Quem crê, vai.
Quem não crê, fica.