Programas infantis de televisão estão trazendo discussões para as quais as crianças não estão prontas
Um desenho animado supercolorido, protagonizado por crianças e monstrinhos fofos gerou revolta entre os pais mais atentos. Isso porque essa animação, chamada “Star vs as Forças do Mal” apresenta ideologia de gênero.
A animação é responsável, por exemplo, por exibir o primeiro beijo homoafetivo em um desenho animado da Disney (primeira imagem abaixo).
Outra produção da Disney, chamada “Gravity Falls – Um Verão de Mistérios” (segunda imagem abaixo), apresenta crianças que desbravam aventuras. Entre os protagonistas da história estão os dois únicos policiais da região. Eles formam um casal que discute periodicamente a relação e declara seu amor.
Já os desenhos infantis “The Loud House” (Nickelodeon) e Steven Universo (Cartoon Network) (última imagem abaixo), retratam casamentos homossexuais. O primeiro, inclusive, apresenta uma criança bissexual de 15 anos de idade.
Produções que não são desenhos animados também abordam esses temas delicados. Em “Andi Mack” (Disney), por exemplo, o protagonista e mais um garoto são apaixonados por um colega de escola.
Essas são atrações de canais infantojuvenis de televisão. Alguns deles têm classificação indicativa “Livre”. Ou seja: o Governo acredita que crianças de qualquer idade podem assistir. Será verdade?
Qual o problema de apresentar a ideologia de gênero nesses desenhos?
Sem dúvida alguma questões ligadas ao gênero devem ser discutidas. A questão é a maneira como isso é feito e por quem. Será que um desenho animado feito para crianças pequenas tem capacidade de tratar um assunto tão delicado?
Em entrevista recente ao Brasil Notícias, o professor de história e mestre em filosofia pela Universidade de São Paulo André Assi Barreto explicou que incluir questões de gênero em conteúdos destinados ao público infantil pode atrapalhar o desenvolvimento de crianças e adolescentes:
“Esse tipo de conteúdo é ofensivo às crianças porque levanta uma discussão que elas não estão prontas para fazer parte. Isso porque o repertório cognitivo delas ainda não é adequado para aprender a discutir questões de gênero”.
Como todos os pais sabem, cada criança tem um ritmo próprio de amadurecimento e desenvolvimento cognitivo. Quando uma emissora de TV transmite questões complexas como essa está exigindo que seu público possua um amadurecimento que não é próprio do público infantil. O que pode confundir e prejudicar os pequenos.
“Questões delicadas, como a discussão sobre gênero, veiculadas de maneira leviana prejudicam muito a formação do adolescente e podem, por exemplo, gerar conflitos psicossociais e de personalidade”, explica a psicóloga Elaine Balbino, especialista em análise de comportamento.
A importância dos pais
Diante dos prejuízos que podem ser causados por programas de televisão irresponsáveis, é imprescindível que os pais estejam atentos a todos os conteúdos consumidos por seus filhos.
Muitas vezes, desenhos aparentemente inocentes abordam temas que os pais não querem que suas crianças absorvam. Isso por julgarem que ainda não estão prontas para tais discussões.
A educação sobre esses assuntos deve ser realizada pela família. Pois é ela quem melhor conhece suas crianças e têm maior capacidade de decidir quando e como deve ser feita.
Portanto, pais, cuidado. Por trás de animações super coloridas e atrativas podem estar escondidas tramas prejudiciais às suas crianças.