Uma série de terremotos, como os que atingiram a província de Kumamoto e área vizinhas, pode ocorrer em outras regiões, dado o número de falhas geológicas ativas no arquipélago japonês.

O desastre em Kumamoto ilustrou o fato de que o Japão é um dos países mais propensos a atividades sísmicas. Cerca de 10 por cento dos terremotos no mundo ocorrem no arquipélago japonês.

O terremoto de Kumamoto ocorreu em uma área de falha geológica ativa que estava fazendo com que os tremores seguissem movimentos repetitivos que criaram fissuras no solo.

Falhas ativas se movem uma vez a cada 1.000 ou dezenas de milhares de anos, mas não há como fazer uma previsão exata.

Há cerca de 2.000 falhas ativas no Japão, e 97 delas foram designadas como áreas chave que podem se mover dentro de 30 anos, de acordo com informações divulgadas pelo Comitê de Pesquisa sobre Terremotos do governo.

news1-17052016

A falha geológica de Hinagu ocasionou o terremoto de magnitude 6,5 graus na noite do dia 14 de abril, e a falha geológica de Futagawa, desencadeou o de magnitude 7,5 graus na manhã do dia 16 de abril. Ambas foram designadas como falhas ativas chave.

“O terremoto de 14 de abril desencadeou o principal tremor, em 16 de abril, na falha geológica de Futagawa”, disse o professor Kazuki Koketsu do Instituto de Pesquisa sobre Terremotos da Universidade de Tóquio.

“Se falhas ativas estão conectadas a outras, uma série de fortes terremotos pode ocorrer em outras áreas (além da província de Kumamoto). Temos que estar cientes disso”, disse Koketsu.

Uma nova falha geológica foi descoberta quando um terremoto atingiu a região de Tohoku, entre Iwate e Miyagi, no ano de 2008. O tremor alcançou uma magnitude de 7,2 graus e de 6 forte na escala de intensidade japonesa, que vai de 0 a 7.

Um terremoto pode ocorrer futuramente em uma falha geológica que ainda não foi descoberta, tal como no terremoto de Iwate-Miyagi.

Segundo Koketsu, um terremoto com epicentro bem abaixo de uma área fora da costa, como o que atingiu Kumamoto, provavelmente, pode causar danos em áreas limitadas se comparado àqueles que atingem áreas adjacentes à placas de leitos marinhos.

“Os governos de áreas que não foram afetadas por terremotos recentemente devem mudar suas mentalidades e reconhecer que o momento para a ocorrência de um terremoto pode estar se aproximando”, disse Nobuo Fukuwa, diretor do Centro de Pesquisas de Mitigação de Desastres da Universidade de Nagoia.

Fonte: Portal Mie

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *