Convidar alguém para sair, ir a uma festa, expressar sua opinião e encarar uma entrevista de emprego. Essas atividades consideradas normais para algumas pessoas produzem uma grande ansiedade para outras, que ficam paralisadas na hora de interagir socialmente. Não se trata de desinteresse ou timidez – na verdade, é um problema conhecido como ansiedade social (fobia social), um transtorno muito comum entre os brasileiros, apesar de ser pouco conhecido.
A fobia social é um transtorno psicológico caraterizado pelo medo excessivo que uma pessoa tem de participar de atividades sociais. Esse distúrbio faz com que as pessoas tenham pensamentos negativos que geram mal-estar físico e emocional quando se relacionam com outros ou até quando apenas imaginam uma situação social.

Fabíola Luciano, psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental pela Universidade de São Paulo (USP), afirma que a fobia social está relacionada ao medo de errar ou da rejeição, mas existem também outros fatores. Segundo ela, a fobia social pode ter duas origens: histórica, fruto de experiências negativas, e a hereditária.

A histórica tem relação com a influência de pais superprotetores e rígidos na infância, que impedem a criança de desenvolver seu repertório social. Pais separados ou ausentes também contribuem com o sentimento de rejeição. Já a hereditária ocorre quando outros membros da família sofrem de fobia social ou de transtorno de ansiedade.

  • Consequências

De acordo com a psicóloga, o maior problema de quem sofre de ansiedade social é a antecipação dos julgamentos. “A pessoa antecipa a avaliação negativa e projeta a rejeição que sente de si mesma nos outros.” E isso causa diversas consequências, por exemplo, a pessoa perde seu repertório social e se isola. Na vida profissional também ocorrem prejuízos, já que ela não consegue se expor, participa de reuniões sem conseguir falar nada e seus chefes e colegas de trabalho desconhecem sua capacidade.

  • Marcas familiares

O núcleo familiar tem um forte impacto no desenvolvimento da ansiedade social. É o que sugere um estudo realizado com mais de 100 crianças pela Universidade de Maryland. A pesquisa utilizou o eletroencefalograma para monitorar a atividade cerebral elétrica das crianças e revelou uma conexão entre ansiedade social e o medo de cometer erros e ser julgado.

Lidiane Braga, de 37 anos, é portadora de ansiedade social desde criança e lembra que a causa de seu transtorno foi o núcleo familiar abusivo. “Meu pai nunca foi presente, nunca me deu um abraço, era extremamente rígido; minha mãe era uma pessoa violenta, amarga e me agredia” conta.

A rejeição manifestada por críticas ou pela falta de afeto impactou a conduta de Lidiane ao longo de sua vida. Ela não conseguia dar continuidade aos projetos que iniciava, abandonou a escola, não tinha um círculo de amizades e se considerava incapaz de conquistar um bom emprego.

Durante sete anos, Lidiane ficou sem se olhar no espelho, tinha dificuldade de aceitar elogios e desenvolveu uma enorme preocupação quanto ao que os outros pensavam dela. “Eu tinha um medo muito grande das pessoas me abandonarem, tentava agradar as poucas pessoas que conhecia, mas não conseguia. Se alguém ficasse muitos dias sem falar comigo, eu ficava apavorada”, comenta.

Para seguir em frente, Lidiane teve de separar seu passado do seu presente e entender que, mesmo com um histórico familiar tóxico e de rejeição, isso não deveria atrapalhar seu futuro. Hoje, recuperada, ela lida de forma diferente com a educação dos seus filhos para não repetir os erros dos seus pais.

  • Como superar?

Superar o medo da rejeição é possível. Crie uma fronteira entre seu passado e o seu presente e reconstrua sua própria história. Mas lembre-se de fortalecer sempre a sua fé para se libertar da escravidão da opinião alheia e, se for o caso, procure a ajuda de um especialista.

  • Dicas para se libertar dos seus receios

Para identificá-los, primeiro é necessário se questionar:

Como eu me sinto quando estou em situações sociais?
Me sinto constantemente julgado e acho que as pessoas não gostam de mim?
Costumo achar que não sou bom o suficiente?

Ao identificá-los e verificar que seu medo de rejeição é anormal:

Tente olhar as situações de forma ampliada e não apenas sob o seu ponto de vista
Questione se você, realmente, está sempre errado, se seu desempenho é sempre ruim ou se isso é uma projeção de como você se sente
Avalie as situações nas quais o medo surge. Essa ansiedade é proporcional a ele ou você está exagerando?
Tente enfrentar seus medos no cotidiano. Se você tem medo de conhecer pessoas novas, por exemplo, participe de encontros sociais
Reconheça o seu valor e fortaleça todos os dias sua autoestima

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Fonte: Fabíola Luciano, psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental pela Universidade de São Paulo (USP)

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